Temos acompanhado, em nosso escritório, expressivo aumento do número de divórcios após os 50 anos.
“Mas agora, no final da vida, vão se separar?…”
Ora, se iremos viver até os 80 anos, e essa é uma expectativa de vida atual e realista, estamos falando, após os 50, de mais 30 anos de convivência. Talvez (e provável), até mais tempo em comum pela frente, em comparação ao já vivido.
No momento em que os filhos deixam a casa dos pais, muitos casais percebem que não se reconhecem mais, que não possuem um projeto em comum. E então se perguntam: será que eu quero viver mais 30 anos nesta união?
Como fruto de intervenções bem-sucedidas de conciliação e mediação, tivemos muitos casos de revitalização do próprio casamento, com viagens, novos negócios, mudanças de casa, enfim, um realinhamento de expectativas, mas, em muitos outros, as partes parecem realmente desejar uma nova experiência, um outro modelo de vida, uma guinada até radical para muitas pessoas…
A desburocratização do processo de divórcio talvez também seja um facilitador para a tomada de decisão, já que o casal maduro, com filhos maiores de idade, tem a possibilidade de divorciar-se, consensualmente, em cartório de notas (divórcio extrajudicial), sem precisar passar pelo processo perante o fórum.
É o aumento da demanda pelo chamado “divórcio tardio”, mais uma mudança sentida no dia a dia de nosso escritório, no esteio das transformações trazidas com o aumento da longevidade.
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